quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Nuncitinha


O recado de hoje é prá causar inveja em todos vocês.

Quem de vocês tem uma tia de 99 anos? Não, eu não estou falando de qualquer tia. Eu quero contar da nossa tia. A Tia Nuncita.

Prá todos nós da família, ela é referência de elegância, bom gosto, atualização em todo e qualquer assunto que se quiser conversar, arrojo no uso da Internet, e, prá completar ainda faz poesia. É ou não é de matar de inveja? Ah, e não posso me esquecer das suas aulas de piano, e sua participação num coral. Pode?

Há muito tempo eu quero falar dela aqui nesse espaço, porque ela é o futuro que eu desejo prá mim, e tenho certeza que muitos de nós também esperam por isso. Porque ela contraria tudo que se fala da velhice como alienação do mundo, como tempo de espera para morte, pois sua vivacidade é inegável, seu dinamismo, seu gosto por viver e continuar descobrindo coisas. E eu diria até, uma pitadinha de malícia.

Nessas trocas de mensagens pela Internet, ela me enviou um dos seus escritos, e com a sua permissão eu quero mostrar um pequeno exemplo da arte que ela produz. O título que ela deu foi :

“Divagando”
quando derrepente voce sente que quer dar um murro
em alguem, abrir a janéla e  dar um grito, ou fexar   a
pórta do seu quarto e chorar baixinho para que ninguem
escute a sua dor...pare um pouco e pense; conte as graças
conte todas e junte os pedaços; um a um sem pressa,
devagar...e faça um TODO!!!!

a cada minuto mudamos o sentido das coisas; da vida do
pensamento.A dor vai embora vem a alegria; voce chora
voce ri...Voce vai até o fundo do poço e vem á tona com
a alma limpa. Os  seus sentidos tremem de prazer  ou
de angustia. Voce busca o infinito e aceita a realidade....
voce procura tudo e as vezes não encontra nada!!!

Nuncita.

Gostaram? 

Pois é, essa é a nossa tia, mas se ela puder ser prá você um exemplo, um estímulo prá fazer do seu futuro, um tempo de realizações e prazer, pode adotá-la como seu modelo também.

Te amamos, Tia Nuncita.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Arteiras


E por falar em amigas, hoje eu quero apresentar para vocês as amigas mais arteiras que eu tenho. Calma, pessoal, arteiras do Artesanato.

E quero mostrar também o lugar onde eu tenho passado algumas tardes deliciosas na companhia delas.




O lugar é esse: Far’Arte – Atelier de 
Pinturada Célia Faraco Morais. 
A Célia é essa que está sentada 
orientando a Lourdes, uma das alunas
da Pintura em tela. E como vocês 
podem ver, a Arte está aqui em todos 
os cantos. É só escolher a que preferir, 
e a Célia estará pronta prá te ensinar. 
Se precisar, metendo a mão na massa...







Olha ela aí mais uma vez, agora com a Ana Maria, a Tuca e a Regina. E todo mundo trabalhando... Silvana, Renata, e Célia também.












                  





                                                            Olha a Rô aí (à direita).        
                                                           Essa é mais uma das 
                                                           amigas, trabalhando 
                                                           numa das suas lindíssimas      
                                                           telas. Parabéns Rô, pela 
                                                          vitória na sua luta.

                                                                                                           




Eu não poderia deixar de mostrar esse trio. Dá 
só uma espiada na bolsa, porta níqueis e porta 
documentos, feitos em cartonagem com tecido!!!
E as meninas mandam um recado : 

Aceitamos encomendas. Vai pedir a sua? 

                                                                      
                Veja só no detalhe.                    










E como hoje é um dia de apresentações, aqui estou eu à direita, junto com a Dirce, curtindo uma das aulas.


      








Na verdade todas elas já estão há muito tempo nessa caminhada, todas são muito experientes. Eu é que estou chegando agora nessa estrada, mas com muita vontade e disposição prá aprender e curtir o cafezinho delicioso do seu Didi, na companhia de todas elas.


                                                                
Viu só, é assim esse lugar. Aqui a gente aprende Arte, conhece Gente e tem até tempo prá curtir um papo gostoso regado a um delicioso café.

Junte-se a nós....

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Nosso Pomar


              


Quero apresentar para vocês o Meu Pomar.                

É isso mesmo, um pomar em vasos, no quintal.


E quem foi que disse que não dá frutos?









                                
                                                                    




Dá só uma espiadinha como está lindo esse 


pé de pitanga, cheio de flor e de frutinhas. Ele 


é um dos mais novos aqui em casa.














E temos também um pé de Romã. Essa veio do              

apartamento e já deu muita fruta prá 


participar das simpatias de final de ano.









     




Mais atrás tem um pé de Jabuticaba. Esse ano 


ele ficou cheinho de frutas. Uma delícia. 


Graças ao meu tio que me ensinou que o 


segredo é muiiiita água. Deu certo!!!






 Tudo isso nós colocamos ao lado do 


cantinho da churrasqueira. Aos 


poucos nós vamos colocando mais 


uma coisinha aqui, outra lá, sem 


exagerar senão o churrasqueiro 


reclama...


Ah, tem os vasos com temperinhos


também. Ou seja, dos temperos à 


sobremesa, tudo OK.





terça-feira, 14 de agosto de 2012

Amigas


                                                                                      
Amigas.  Quantas você tem? E você já observou cada uma delas? Já percebeu que cada uma carrega consigo uma marca registrada?

Olhando para as minhas amigas, eu vou descobrindo as características de uma por uma.

As amigas da infância, que ficaram guardadas na lembrança como uma recordação feliz de um tempo gostoso, terno, dos batizados de boneca, das brincadeiras de casinha, e do jogo de taco também, junto com os meninos, na rua onde nós morávamos.

As amigas da escola, algumas até hoje presentes na minha vida, e que juntas nos recordamos das coisas que nós aprontávamos no colégio ou no cinema no domingo à tarde, nada impublicável, mas na época era o suficiente prá morrermos de medo que nossos pais soubessem.

E as da faculdade, tinha de tudo, aquela que era a companheira inseparável, a C.D.F., a “social”, ou seja, aquela que promovia todos os eventos da turma, e a nossa panelinha claro...

E as amigas de hoje, cada uma delas tem uma identidade própria. Aquela que é minha amiga de fé, e que compartilha das minhas crenças, e reza junto comigo e pede com fé por mim e por todos que necessitam.

Aquela que divide os almoços durante a semana e tá junto, com sol ou com chuva, com alegria ou com dor, sorrindo, chorando e “batendo perna” também.

Aquela que é o meu guia de compras, que conhece todas as dicas de onde encontrar e melhor pagar. Que levanta o meu astral quando eu preciso, e que me prestigia sempre que eu precisar.

Aquela que tem uma sintonia tão grande que não precisa nem falar. Às vezes ela até exagera no silêncio, mas nós duas sempre sabemos quando a necessidade é maior e nos apresentamos.

E aquela que me apoia tão incondicionalmente que mesmo sem que eu saiba, vai por aí afora divulgando esse blog prá toda sua lista de contatos e colabora no envio de temas para que eu publique os meus posts.

Amigas virtuais. Essa é a mais nova categoria de amigas que ganhei. E essas também, embora à distância, temos as nossas afinidades e vamos nos descobrindo pouco a pouco.

Sem dúvida que existem muitas outras amigas e cada uma delas com sua particularidade, com seu carinho especial, com sua presença em cada um dos momentos da minha vida. E a todas eu agradeço por fazerem parte da minha vida e por serem tão especiais para mim.

Um beijo enorme para todas vocês.  

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dia Nacional das Artes


Dia Nacional das Artes, 12 de agosto.

Você sabia que ontem foi comemorado o Dia Nacional das Artes? Sem dúvida temos que lembrar essa data, não só no seu dia, mas em todos os momentos, afinal prá quem quer falar de arte toda hora é hora.

E são tantas, não é mesmo? Começando pela arte da escrita com esses textos maravilhosos que tanto tem nos inspirado, e a pintura então, retratando a realidade, o sonho e o abstrato, que magia!!!

Outras vezes é a escrita e a música juntas, nos proporcionando um momento de encantamento indescritível. Eu ainda vou aprender como é que se faz isso.

Artesanato, Poesia, Reciclagem, Dança, Folclore, Design, Fotografia, Culinária e etc, etc, etc.

Mas é impossível falar da Arte sem falar do Artista. E aqui eu quero lembrar de todas essas pessoas maravilhosas que colocam a sua criatividade a serviço da arte e dão voz aos sentimentos, às emoções cumprindo até mesmo uma função terapêutica prá muitas pessoas.

Dou os parabéns a todas as amigas arteiras virtuais, que fui descobrindo nesse e naquele blog e que agora passo para vocês como uma homenagem a todos os artistas. Amo de paixão esse mundo que vocês me apresentaram.

A Carmen, do "Achados de Decoração"


almofada vintage, jogo americano com poás, porcelana com poás, prato de bolo 2 andares, prato de bolo com pé, quadros de Paris, espelho provençal, prato para cupcakes, objetos de decoração, artigos de decoração, almofadas artesanais, decoração para casa nova, miniatura de torre eifel, loja virtual de decoração, boutique de achados, redoma decorativa, loja online de decoração




A Carla Maciel, do "Arquitrecos"


A Fabiana do "Reciclar e Decorar"



A Bia Macia do "Bela Delícia"
                                                                        Chocolate Quente



A Elisabeth Teodoro, do Blog do próprio nome



...E a Rafaela Fajardo, do "Casa Montada"


E tantos e tantas outras ARTISTAS, com "A" maiúsculo mesmo pela sua criatividade e generosidade em dispor para todos os interessados os passo a passo de cada um de seus trabalhos.

                                                   P  A  R   A  B  É  N  S

sábado, 11 de agosto de 2012

Dia dos Pais


“...Pai
Pode crer eu vou bem eu tô indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você...”
                                 Fábio Junior

Fábio Jr e sua música “Pai” acho que não tem quem não se emocione com essa música. E o meu pai era assim, Pura Emoção. E é assim que eu quero me recordar sempre dele: Com Toda Emoção...

Eu já contei prá vocês que foi com ele que eu dirigi um carro pela primeira vez. Lá na Bertioga, Litoral Norte de São Paulo. Foi nessas areias em frente ao Forte que ele me colocou no carro, e do 
lado de fora, dava os comandos para que eu fosse dirigindo
aquele Aero-Willis Branco, lindo. Que aventura!!!                                                               


Era com ele também que eu e meu irmão íamos no domingo de manhã à praia, curtir o mar e vê-lo no vôlei com seus amigos. Depois sempre tinha um refrigerante no barzinho junto com toda turma.





E as pescarias noturnas com picaré, onde participava toda a família e alguns amigos também. 
Aquilo era um misto de medo e descoberta daquele mar delicioso, quentinho, que nós já conhecíamos tão bem durante o dia. E no dia seguinte não faltava o almoço geral com todos aqueles peixes que nós tínhamos pescado, e toda turma também.


Acampamento? Não faltou. Sim, era na areia da praia mesmo, com banho de rio ou no mar, muitas vezes em Bertioga também. Comida feita no fogareiro, tudo muito simples e muito delicioso...


E as temporadas de férias, então? Muitas vezes eram 15 pessoas ou mais divididas numa casa de dois ou três cômodos, e tudo era alegria. Claro que era difícil dormir, mas muito mais pela bagunça do que pelo desconforto. Com isso ninguém estava preocupado. O que importava mesmo era estarmos reunidos, prá rir de qualquer bobagem.

E tudo isso era ele quem proporcionava. Não, eu não estou falando de dinheiro. Ele é quem agitava, tinha seus contatos que indicavam os imóveis para aluguel, reunia a turma, organizava as compras, providenciava tudo o que ia ser necessário, e pé na estrada, lá íamos nós.


Por tudo isso, meu Pai, eu te agradeço, pois foi com você que eu aprendi a gostar da vida, das pessoas. Aprendi a curtir a companhia das pessoas e saborear cada instante da vida, com ou sem luxo, mas com muito amor. Obrigada pelo amor que você nos ensinou.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lá vai minha filha


Cada um de nós tem etapas na vida, e cada uma delas tem suas características próprias.

Nós, eu e meu marido, estamos vivendo o momento do pós-casamento da primeira filha e a torcida pelo (a) primeiro (a) neto (a). E de vez em quando bate aquela saudade... E nesse clima de nostalgia, navegando pela internet eu encontrei esse texto. Sabe daquelas coisas que a gente diz, eu gostaria de ter escrito, pois é, é o próprio. Caiu como uma luva em tudo que eu gostaria de dizer e que eu estou sentindo. Portanto, quero trazê-lo aqui, prá todos, inclusive prá minha filha também.
Mais uma vez, eu não sei o autor, por isso só posso agradecer. Quando souber eu conto.

Lá vai minha filha...
  
        Lá vai minha filha do olho grande e da pele macia. A menina que estreou a mãe em mim. A menina que chegou trazendo todo um universo de novidades: emoções, medos, encantamentos e aprendizados.
Crescemos juntas, eu aprendendo a ser mãe e ela aprendendo a ser ela mesma. Descobrimos duas palavras mágicas, ela me chamou de mãe e eu a chamei de filha. Palavras novas e  viscerais que  esperavam pacientes para se cumprirem.
Éramos duas sendo uma em muitos sentidos.
Carne da minha carne, fruto do meu amor, sonho dos meus sonhos. Ela me expandia e eu a protegia. Ela me dava a mão e eu todos os sumos.
 Ela me dava a eternidade e eu lhe dava asas.
Ela me alargava o coração e eu lhe ensinava a caminhar sozinha. Ela me cobria de beijos e eu a cobria de bênçãos. Ela me pedia colo e eu lhe pedia sorrisos. Ela me traduzia e eu a decifrava. Ela me ensinava e eu lhe
descortinava o mundo. Ela me apontava o novo e eu lhe ensinava lições aprendidas no passado.
Ela me falava de fadas e princesas e eu lhe falava de avós e gentes. Ela me emprestava seus olhos encantados e eu rezava por um mundo melhor. Ela me tirava o sono e eu cantava para ela dormir. Ela me alegrava a vida e eu vivia para ela.
Quando o filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso elo só é enquanto no ventre. Depois somos seus abrigos,  condutores, provedores, sem nunca esquecer que eles começam a ir embora no dia que nascem. No começo o tempo parece parar. A plenitude da maternidade e a dependência dos pequenos criam uma ilusão de que será assim para sempre.
Mas não, eles crescem inexoravelmente em direção à independência. Cumpre-se o ciclo da vida e é melhor que seja assim, caso contrário significa que algo de muito triste, inverso ou perverso aconteceu.
Lá vai minha filha...
Assim seja!
Olho seus olhos enormes e profundos e vejo os mesmos olhos que ainda na sala de parto me olharam intrigados e solenes, como que me reconhecendo, me convocando… Eu, imediatamente disse sim à minha filha e a segui desde aquele instante, entregue. O amor que senti foi tão avassalador e instantâneo que  cheguei a ter medo.
Na hora que nasce o primeiro filho, a gente compreende a fragilidade da vida, a fugacidade das coisas e  passa a ter medo de morrer. O fato dela precisar de mim me torna única e imprescindível. Eu não podia falhar. A partir dali tudo mudou, meu espaço, meu papel, minha relação com o mundo: eu era sua mãe!
Crescemos juntas... mãe e filha. Ao longo desses anos rimos, choramos, brigamos, resolvemos impasses, estreitamos laços, vencemos batalhas, enfrentamos noites escuras. Contamos uma com a outra sempre. Às vezes era eu quem a socorria, outras, era ela quem me amparava.
Não foram poucas as vezes em que os papéis se inverteram e ela foi minha mãe. Às vezes me pergunto se eu dei a ela tanto quanto recebi. Sinceramente acho que não. Desde o momento zero, ela transformou minha vida e num movimento contínuo faz de mim uma pessoa melhor.
Lá vai minha filha apaixonada e confiante. Ensaiando voos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos. Eu feliz penso:  Cumpra-se! 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O Tempo Passou


Na última semana, recebi esse texto e me identifiquei muito com ele e quis trazê-lo aqui prá vocês se deliciarem também e matarem a saudade de um tempo que não vai muito longe, e que para alguns talvez ainda esteja presente nos bairros, no interior, no dia a dia de quem não vive nesse corre corre insano das grandes capitais.
Infelizmente, eu não sei o autor para citá-lo para vocês, mas se alguém o conhecer peço que me informe, pois gostaria muito de parabenizá-lo pela inspiração.
Recordem e tragam um bocadinho para o vosso dia a dia.



"O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO" 






Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos,
família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto!
Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha ma e de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá,
entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa
cantoneira, flores na mesinha de centro...casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:
– Gente,vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança.... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos
acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura
e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive
bons professores: televisão, vídeo, DVD, email... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em
túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas... Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos, do leite...
Que saudade do compadre e da comadre! E dos amigos também...


Agradeço ao site "Quitandoca" pela imagem ilustrativa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Art Retrô


             



 Dessa vez a ideia foi um centro de 


mesa, ou se alguém preferir, uma fruteira.











Sabe como é, quando a gente começa a fazer artesanato, vai se empolgando e logo quer aprender essa e outra técnica e as peças vão se sucedendo.




Esse Centro de Mesa foi feito usando a Art Retrô. É ou não é lindo?







Você pode usá-lo como preferir, vazio ou 


com essas bolas de sementes ou outras que 


sua criatividade mandar.


Inspire-se.